quinta-feira, 23 de abril de 2009

O que nos separa radicalmente do comunismo



"Nós, cristãos, nos movemos por ideais diametralmente opostos do materialismo marxista e das orientações maoistas e castristas. (...) Aparentemente, a ma pessoa desavisada e principalmente a alguém que ignora a doutrina social da Igreja, pode ser dada a impressão de que o catolicismo e o comunismo defendem as mesmas posições, porquanto apresentam, muitas vezes, idênticas aspirações ou manifestam as angústias de populações sofridas e deprimidas. Seria útil que tais pessoas lessem atentamente os ensinamentos pontifícios (...) Os rígidos limites do materialismo dialético impedem a visão da dignidade e do valor eterno da pessoa humana e, evidentemente, o fato de alguém ser considerado apenas como peça de uma grande engrenagem acarreta consequências naturais que ferem a própria liberdade, a marca da grandeza humana. (...) Não será a violência, o ódio, a luta de calasses o nosso motor, mas sim o amor, a mais bela e a mais eficiente mola propulsora da atividade humana”. D. Agnelo Rossi, em 15-07-1979.

“Não se admite nem é licito a um grupo qualquer de sacerdotes adotar e defender um processo revolucionário. A isto se opõe seu caráter sacerdotal e a doutrina social da Igreja, que é contrária à violência e à luta armada. Devemos amar a todos. Aos que crêem e aos que não crêem. Aos poderosos e aos humildes. Aos ricos e aos pobres. Aos sábios e aos ignorantes.
Hoje, trabalha-se incansavelmente para a desunião. É um trabalho de orientação marxista que está ‘mentalizando’ a universidade, a juventude e, sou forçado a reconhecer, com muito pesar, aos homens da Igreja. O que ocorre é uma guerra psicológica que visa sobretudo a destruição moral. Prega-se que devemos chegar a um socialismo que implique necessariamente na socialização dos meios de produção, do poder econômico e político, e da cultura. Os seguidores dessa ideologia sustentam que lutam pela liberdade, quando, na verdade, com a ascenção do marxismo, desaparece a liberdade para dar lugar aos campos de concentração”.
D. Antonio Caggiano, em 13-07-1971.

A religião marxista

“Após ter aderido praticamente a uma teoria materialista da sociedade e a uma solução dialética das injustiças sociais, a lógica interna do pensamento, intrinsecamente perverso, do comunismo, o conduz a julgar-se doutor da Igreja, doutor de Deus. Seu impulso religioso mudou de objetivo. Fundou-se na matéria pensante para se tornar uma parte desse deus em evolução, que é a Humanidade, assumindo não somente seu dever material, mas seu dever moral. Daí por diante, não há mais nada a não ser a Humanidade. É para ela que ele remeteu este atributo de Deus: a justiça!”.

Marcel Clément, Le Communisme face à Dieu: Marx, Mao, Marcuse, Nouvelles Éditions Latines, Paris, 1968.

domingo, 19 de abril de 2009

O DEVER CRISTÃO DA LUTA

Hoje mais que nunca, é imperioso atermos nossa atenção as palavras de ANTÔNIO CAPONNETTO, católico tradicional e nacionalista argentino, que constam em seu livro "El Deber Cristiano de la Lucha", que abaixo transcrevemos. Hoje, quando o público jungiu-se com o privado; quando o bem público confunde-se com o bem comum, magnificamente como ensinou o aquinate; quando a moral pública prescinde de quaisquer elementos que não seja a moral emergida das leis positivas, em total rechaço ao direito natural e cristão, então nos parece que o caos se torna inevitável. Assim, o Cristão, o Católico, deve assumir seus deveres para com Deus, combatendo em nome das sãs tradições da pátria, nascida sob o sinal da Cruz, e que agora sangra e clama a seus filhos que ainda lhe são fiéis, clama a Reconquista.

"Mas o combate que livra o justo não é só individual. Não tem inimigos exclusivamente privados, nem males que lhes atinem subjetivamente. E ainda que sua tribulação e pesar, sua expiação e sua dor lhe sejam intransferíveis, há em seu padecer uma questão transpessoal: o drama da pátria invadida e subjugada que implora uma reconquista física e espiritual. A dor ante a nação desnaturalizada e sacudida pelo pecado e submetida a vitória temporária dos infiéis. Os justos não podem nem devem consenti-lo, e a luta assoma novamente como um dever e uma obrigação capital. Deus vai a frente e é verdadeira força, "não é a multidão dos exércitos" o fator decisivo, tampouco a destreza do guerreiro ou "o vigor do cavaleiro" (Sal. 33, 16-17). Só Deus. É impróprio, pois, manejar cálculos exclusivamente humanos e materiais: número de contricantes, estratégias e táticas ou ofensivas diversas. O Senhor dos Exércitos se empenha em demonstrar que a vitória ou a derrota está em suas mãos e guarda estreita relação com a lealdade a Ele devida.O Salmista o reconhece expressamente: "não confio em meu arco, nem minha espada me dará vitória" (Sal. 44,5). "Sua destra, seu braço, a luz de seu rosto... por ti bateremos a nossos inimigos" (Sal. 44, 4-6). E novamente Seu Nome santo - repetido e exaltado a cada instante - é como um lábaro de glória que acompanha ao soldado. Na deslealdade e na idolatria sobrevem a desonra nacional. A ignominia e o ultraje prevalecem, a pátria jaz e os patriotas pedem ao céu a graça de recuperar sua liberdade e sua honra. A graça da paz edificada na justiça (Sal. 46). Deus, que não lhes ha conservado provas nem sanções, tampouco os privará de sua condução reconquistadora (Sal. 60). Como ginete bravo vem "cavalgando pelo deserto" (Sal. 68, 5), já seu passo viril, os inimigos "se desvanecem como humo e se derretem como a cera ao fogo" (Sal. 68, 3). Volta o Senhor dos Exércitos, regressa uma vez mais a guiar os justos, a consolar aos órfãos e as viuvas, a defender aos cativos e alçar-se onipotente no santo tabernáculo (Sal. 68, 6-7). Reaparece "terrível" em sua cólera e em suas sentencias, indômito em suas ordens e em seus juízos, resoluto em seu furor reparador, resplandecente e majestoso "mais que os montes eternos" (Sal. 76, 5). A herança profanada restabelece seu decoro, os traidores são rendidos e os cúmplices desprezados, e sobre as ruínas todavia ardentes fazem valer seus direitos. Deus vincit.E um segundo: "Esta Igreja Primitiva não ignorava o quinto mandamento, nem os conselhos do Senhor sobre o amor aos inimigos, nem as recomendações pessoais para entregar também a veste ao que nos despoja do abrigo. Mas sabia que a morte é pecado se executa contra um inocente e não contra um perverso em custódia do bem. Que uma coisa são os inimigos privados, ante os quais cabe oferecer nosso abatimento e nossa humilhação e outra os inimigos públicos de Deus e da Ordem por Ele criada, a quem estamos obrigados a enfrentar até as últimas conseqüências, não por ódio a eles, senão por amor a Verdade. Que és distinto preferir o padecimento de uma injustiça antes que comete-la - tal o sentido da metáfora do despojo do abrigo - que consentir um roubo ou não impedi-lo, podendo, pois, seria faltar ao sétimo mandamento. E que Cristo mesmo, ao fim, que elegeu ser vitima antes que fazer vitimas, não colocou sua outra face frente ao servidor de Caifás, nem descartou a possibilidade de mobilizar uma legião de arcanjos armados se aquela não houvesse sido a hora da iniquidade".

Os livros disponíveis de António Caponnetto podem ser adquiridos no sítio da livraria "Nueva Hispanidad".